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O colorismo e o não lugar das pessoas pardas

  • Foto do escritor: Psicóloga Fernanda Moreira
    Psicóloga Fernanda Moreira
  • 21 de jan.
  • 1 min de leitura

No Brasil, as classificações e identificações de raça estão ligadas às características físicas/fenótipo e não à ancestralidade, o que contribui para que pessoas negras de pele clara não sejam reconhecidas como negras.


Ao serem vistas como “não tão negras", as pessoas negras de pele clara vivem numa linha tênue em que nem se vive os privilégios da branquitude, nem se tem credibilidade para tratar de pautas raciais. Entre o ser aceito ou não. Sendo um e/ou o outro, ou nenhum deles. Estando portanto, em um não lugar. Sendo reservado a elas o espaço de “negro menos pior”.


Associado aos estereótipos negativos atribuidos aos negros, o projeto de embranquecimento contribuiu para que as pessoas negras de pele clara não se reconhecessem/classificassem como negras, mas sim como mulato, moreno, de cor, pardo, e essas denominações serviram para “classificá-las”, mas principalmente como uma forma de negar a identidade negra.


Saber disso é importante para entender e pensar sobre como se dá a construção da identidade das pessoas negras de pele clara, pois esse contexto social de como elas são reconhecidas socialmente, impacta diretamente na forma na qual elas se reconhecem, e esse processo pode inviabilizar a identificação com a negritude.


Me conta, com quantos anos você foi entender que pardo, também é negro?


Notas possibilitadas pela leitura do livro: Famílias inter-raciais, de Lia Vainer Schucman


 
 
 

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